Foi no início do século XX que o art nouveau chegou ao Brasil, importado da França, principalmente na decoração de interiores ou em grades e elementos arquitetônicos de ferro forjado.

O estudo intenso da natureza conduziu não só a novos temas na pintura, mas também as novas formas de representação. As linhas curvas das árvores ou das pétalas entrelaçadas dos botões das flores começaram a ser interpretadas com uma linguagem de formas inovadora, geralmente constituída por ornamentos planos, que rompiam com o repertório de formas até então conhecido.

Na arquitetura as formas vegetais da natureza foram transpostas com os novos materiais de construção, vidro e ferro, para uma linguagem formal igualmente estilizada e, uma vez que se colocam os novos materiais construtivos, sem revestimento, ao lado dos materiais tradicionais como o tijolo, a pedra aparelhada ou o mármore, abriu-se não só o caminho para um novo estilo, mas também uma estética dos materiais até então desconhecida.

Conhecido também como estilo floral, está presente em edifícios projetados pelo francês Victor Dubugras (1868-1933?); nas construções do sueco Karl Ekman (1866-1940), como a Vila Penteado, em São Paulo; e em gradis, portas e móveis produzidos pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. No Rio de Janeiro, um grande exemplo é o interior da Confeitaria Colombo. Cerâmicas e cartazes do pintor Eliseu Visconti (1866-1944) também têm inspiração art nouveau.

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A Confeitaia Colombo é sem dúvida muito elegante. Joaquim Borges de Meirelles e Manoel José Lebrão. Confeitaria Colombo, l894.Rio de Janeiro- RJ Fonte: http://www.tanto.com.br/Alessandrobuzas.htm

Postado por: Emanuela Tassoniero